Historicamente, nós – mulheres – demoramos mais para ter acesso à direitos como: votar; nos alistarmos nas Forças Armadas; ter acesso à licença-maternidade; ter acesso à divórcio, etc. E, essas dificuldades também se sobressaem quando analisamos os gráficos da quantidade e da qualidade das mulheres que estão empreendendo no Brasil. Em pesquisa produzida pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e traduzida pelo Sebrae mostra que:
“As empreendedoras iniciais brasileiras atuam principalmente em quatro atividades econômicas: serviços de alimentação, serviços domésticos, comércio varejista de roupas e cabeleireiros (Sebrae, 2018). Existe ainda um grande caminho para maior participação de mulheres em empresas ligadas à ciência, tecnologia, engenharia e matemática, por exemplo.”
Ou seja, esse parágrafo acima descreve a tendência de a mulher empreendedora em reproduzir aquilo que está, tradicionalmente, ligado ao “universo feminino”. E poucas iniciativas em ambientes que são, ao contrário, tradicionalmente, “masculinos”. Por isso, inclusive, hoje existem diversas mulheres que lideram iniciativas para aumentar a presença feminina no mundo da ciência da computação, da robótica, das ciências aeroespaciais, das engenharias em geral.
E o que o país ganha com mais empreendedoras mulheres?
- Mulheres com renda tendem a depender menos de seus parceiros e isso evita um círculo vicioso de violência doméstica e familiar, por exemplo.
- Mulheres com renda tendem a investir parte do dinheiro no desenvolvimento da família gerando externalidades positivas para a sociedade como um todo.
- Mulheres com renda tendem a continuar seus estudos e, com isso, conseguem galgar cargos mais altos.
- Mulheres com renda inspiram outras mulheres e buscarem oportunidades e isso gera um círculo virtuoso de prosperidade financeira.
Essas são apenas algumas características que, por si só, já justificam o apoio ao empreendedorismo feminino. Além de outras questões que, ao longo dos meses, vou abordar aqui nos meus artigos sobre esse tema que tanto me inspira.
Por Camila Machion
Link para essa matéria do Sebrae: