Na última terça-feira (25/04), o Supremo Tribunal Federal decidiu que o atual goleiro do Boa Esporte Clube de Varginha, Bruno Fernandes, deverá voltar para a prisão em breve.
Bruno foi condenado pela morte da ex-namorada Eliza Samúdio. Em fevereiro deste ano, ele recebeu o habeas corpus e respondia em liberdade. Com isso, desde março, Bruno defende o Boa Esporte, de Minas Gerais, que disputa a segunda divisão do Campeonato Mineiro.
Como consequência da contratação, o time de Varginha perdeu diversos patrocinadores, fornecedores e também torcedores. No entanto, muitos ainda defendiam a ressocialização do condenado.
Por 3 votos a 1, os ministros decidiram derrubar ua decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que havia determinado a libertação do atleta, após seis anos e meio de prisão. A Primeira Turma é formada por cinco ministros, mas Luís Roberto Barroso não participou do julgamento.Votaram a favor da volta de Bruno à prisão os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Luiz Fux. O único contrário foi Marco Aurélio Mello, que havia concedido o habeas corpus que permitiu a libertação do goleiro.
Na sessão, os ministros analisaram um recurso da mãe de Eliza Samúdio contra a soltura, sob o argumento de que a liberdade do goleiro colocava em risco sua própria integridade física e a de seu neto, filho de Bruno com Eliza.
A decisão desta terça, porém, se deu por motivos processuais: a defesa de Bruno alegava que ele estava preso enquanto recorria da sentença de primeira instância, de 2013, na qual foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo júri popular.
Retorno
No momento o jogador já se apresentou à Policia Civil, mas ainda não foi emitido o mandado de prisão. Segundo o juiz Oilson Hoffman, da 1ª Vara Criminal, a polícia será acionada para prender o jogador assim que o mandado for expedido.
“Tão logo nós tenhamos o registro, o mandado de prisão do senhor Bruno Fernandes, imediatamente nós chamaremos as polícias civil e militar, para o devido cumprimento, apresentção ao médico-legista e em seguida ao presídio de Varginha”, afirma o juiz.