Continuando a falar sobre empreendedorismo…
- Quantas mulheres, você conhece, que assumem o controle financeiro de uma família?
- Quantas mulheres, você conhece, que são profissionais especializadas em alguma empresa e quantas delas tem cargo de supervisão ou gerencia?
- Quantas mulheres, você conhecem, que ousaram investir em seus próprios negócios e tiveram sucesso?
Sabemos que a globalização trouxe consigo a necessidade e/ou a oportunidade de maior ingresso da mulher no mercado de trabalho. Uma tendência que cresce a cada dia, no mundo. “Muitas mulheres usam sua criatividade e características empreendedoras para criarem e conduzirem seu próprio empreendimento, construindo alternativa de inclusão ou permanência no mercado de trabalho”, afirma a pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor – GEM, acrescentando que “as mulheres são mais de 50% da população brasileira e chefiam 1/3 das famílias. Representam 52% dos empreendedores do país, atuando em diversos setores e atividades”.
Se acompanharmos a linha do tempo sobre a evolução do empreendedorismo feminino, veremos os seguintes dados:
Em 1940, quase metade (48%) da população ativa feminina era focada na agricultura. Em 1990, mais de dois terços (74%) da população economicamente ativa feminina era concentrada nas áreas voltadas á educação, serviços de saúde e principalmente serviço doméstico. (RAPOSO; ASTONI, 2007, p. 36-37). Em 2007, as mulheres representavam 40,8% do mercado formal de trabalho; em 2016, passaram a ocupar 44% das vagas. Outro estudo realizado pela Serasa Experian revela que o Brasil possui hoje, mais de 5 milhões mulheres empreendedoras, representando 8% da população feminina do país, isso significa que 43% dos donos de negócios do país são do sexo feminino. E ainda existe o preconceito em desigualdade de oportunidades no mercado de trabalho, diferenças salariais, e dificuldade de ascensão para cargos estratégicos nas empresas em geral.
Para muitas mulheres, empreender é uma forma de existirem por si mesmas, de serem ouvidas e de angariarem poder de escolha e decisão. No passado, o sexo feminino se frustrava porque precisava viver em função dos homens ou se desgastavam em trabalhos que não valorizavam seu intelecto e que não traziam nenhum prazer. Hoje, as mulheres têm podido experimentar a alegre sensação de contemplarem seu empreendimento próprio, que surge como algo desafiador onde elas podem imprimir seus valores e características, afirma Laís Floriano – FGV .
Por Edna Custódio | Comportamento