São diversas as desigualdades existentes não só na sociedade brasileira como no mundo todo. A luta da mulher no mercado de trabalho é um fator que até hoje devemos destacar. A mulher dentro de espaços variados, seja na família, na escola, igreja, nos movimentos sociais, enfim, na vida em sociedade. Nas últimas décadas do século XX, presenciamos um dos fatos mais marcantes na sociedade brasileira, que foi a inserção, cada vez mais crescente, da mulher no campo do trabalho, fato este explicado pela combinação de fatores econômicos, culturais e sociais.
Em razão do avanço e crescimento da industrialização no Brasil, ocorreram a transformação da estrutura produtiva, o contínuo processo de urbanização e a redução das taxas de fecundidade nas famílias, proporcionando a inclusão das mulheres no mercado de trabalho.
Uma constatação recorrente é a de que, independentemente do gênero, a pessoa com maior nível de escolaridade tem mais chances e oportunidades de inclusão no mercado de trabalho. Conforme estudos recentes, verifica-se, mesmo que de forma tímida, que a mulher tem tido uma inserção maior no mercado de trabalho. Constata-se, também, uma significativa melhora entre as diferenças salariais quando comparadas ao sexo masculino. Contudo, ainda não foram superadas as recorrentes dificuldades encontradas pelas trabalhadoras no acesso a cargos de chefia e de equiparação salarial com homens que ocupam os mesmos cargos/ocupações.
“Embaixadora de Ruanda” -Mathilde Mukantabana-
“A simples libertação do potencial da mulher é o maior fator multiplicador possível em termos de crescimento. É o maior acelerador na luta contra a pobreza.”
Ainda nos dias de hoje é recorrente a concentração de ocupações das mulheres no mercado de trabalho, sendo que 80% delas são professoras, cabeleireiras, manicures, funcionárias públicas ou trabalham em serviços de saúde. Mas o contingente das mulheres trabalhadoras mais importantes está concentrado no serviço doméstico remunerado; no geral, são mulheres negras, com baixo nível de escolaridade e com os menores rendimentos na sociedade brasileira.
Nos Estados Unidos, até pouco tempo atrás, as mulheres principalmente as brancas, não trabalhavam fora de casa.
‘’Advogada internacional’’ -Anne Marie Slaugheter-
“Nos anos de 1950 não havia muitas mulheres no mercado de trabalho, as que estavam não costumava ser tão instruídas quantos homens ou elas não terminavam uma faculdade, ou não tinham a mesma qualificação ou nem fazia faculdade. A maioria das mulheres do meu bairro não trabalhava inclusive a minha mãe. As únicas trabalhadoras que eu conhecia era as professoras, a maioria não ia tão longe cerca de 70% exerciam funções básicas em linha de montagem ou escritório, as mulheres não se importavam de fazer trabalhos repetitivos e são boas em trabalhos que requerem destreza manual.
As pessoas entendiam que elas precisavam de dinheiro, mas ter uma carreira? Isso era coisa de homem. Sua alta pontuação do teste aptidão indica que você pode vir a ser uma boa secretária.
A discriminação era totalmente legalizada o que permitia que oferecesse 100 vagas exclusivas para os homens, na minha juventude conheci uma mulher advogada, eu não conhecia nenhuma médica, eu não consegui imaginar mulheres engenheiras. Em média a diferença salarial era de US$:0,60 por dólar. Isso era causado por índice de escolaridade, a menor presença no mercado de trabalho, e a concentração em indústrias femininas nos anos 50 e anos 60. E o fato de que era lista pagar menos para as mulheres, além de uma série de normas culturais, sobre os papéis repetir doses do gênero essas eram as principais razões.”
-Greta Van Susterem-
“Não queremos vantagens, queremos oportunidades e salários iguais. É muito diferente.”
-Katrín Jakolsdótter- “Primeira ministra da Islândia”
“Se quer alguma mudança, não pode esperar sentada. Precisa agir.”
Então em algumas décadas tudo mudou, o grito de batalha movimento de libertação das mulheres ecoa pela quinta avenida em Nova Iorque. A primeira mulher a receber o prêmio de honra do National Geography Socity. O salão rompeu em aplauso Benazir Bhutto a nossa primeira ministra. A primeira mulher americana ir ao espaço, e a primeira mulher nomeada a Suprema corte, a primeira mulher a concorrer à presidência…
-Hillary Clinton-
“Pela primeira vez as mulheres ultrapassam os homens na formação superior e avançado. O engajamento das mulheres influenciará a próxima geração. É a primeira vez que temos no mercado de trabalho mais mulheres do que homens, e é incrível ver mulheres competindo por bolsas de estudos as quais não tive acesso, frequentando faculdades que eram proibidas assumindo cargos antes só masculino.”
Aqui no Brasil segundo o Seade – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, do governo do Estado de São Paulo – quanto ao “comportamento do desemprego feminino na Região Metropolitana de São Paulo, observa-se que, em 1985, essa taxa era de 15,5% para as mulheres e de 10,1% para os homens, aumentando, em 2000, para 20,9% e 15,0%, respectivamente. Isso significa que na RMSP [Região Metropolitana de São Paulo], em 2000, uma em cada cinco mulheres que integravam a População Economicamente Ativa, encontrava-se na condição de desempregada.”
O total das mulheres no trabalho precário e informal é de 61%, sendo 13% superior à presença dos homens (54%). A mulher negra tem uma taxa 71% superior à dos homens brancos e 23% delas são empregadas domésticas. Necessariamente, a análise da situação da presença feminina no mundo do trabalho passa por uma revisão das funções sociais da mulher, pela crítica ao entendimento convencional do que seja o trabalho e as formas de mensuração deste, que são efetivadas no mercado.
O trabalho não remunerado da mulher, especialmente o realizado no âmbito familiar, não é contabilizado por nosso sistema estatístico e não possui valorização social – nem pelas próprias mulheres – embora contribuam significativamente com a renda familiar e venha crescendo. O que se conclui com os estudos sobre a situação da mulher no mercado de trabalho é que ocorre uma dificuldade em separar a vida familiar da vida laboral ou vida pública da vida privada, mesmo em se tratando da participação no mercado de trabalho, na população economicamente ativa.”
-Hillary Clinton-
“Nas compras as mulheres não recebem desconto, pagamos tanto quanto qualquer outro. Isso sai da sua renda familiar.”
Veja mais sobre “A mulher e o mercado de trabalho” em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/a-mulher-mercado-trabalho.htm
Veja mais sobre “Porque as mulheres ganham menos que os homens” em:
Documentário Explicando/ Primeira temporada/ Terceiro