A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres começou ontem. É uma mobilização educativa cujo objetivo é a erradicação deste tipo de violência.
No mundo inteiro quatro datas marcam a Campanha: 25 de novembro, 1º, 6 e 10 de dezembro, por isto é chamado de 16 Dias de Ativismo. No Brasil, mais uma data é destacada pela dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras: 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra.
O dia 25 de Novembro foi declarado Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres no primeiro encontro Feminista da América Latina e Caribe organizado em Bogotá, Colômbia, de 18 a 21 de Julho de 1981. Neste encontro, houve uma denúncia sistemática de violência de gênero, desde os castigos domésticos às violações promovidas pelo governo, incluindo tortura e abuso de mulheres prisioneiras. Este dia foi escolhido para homenagear o violento assassinato das irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa) no dia 25 de Novembro de 1960, pelo ditador Rafael Trujilo, na República Dominicana. Em 1999, as Nações Unidas reconheceram oficialmente o 25 de Novembro como o Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres.
1 de Dezembro – Luta contra a Aids.
6 de dezembro – O massacre de quatorze estudantes da Escola Politécnica de Montreal, Canadá, dia 6 de dezembro de 1989, gerou debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social no mundo. Este fato inspirou a criação da Campanha do Laço Branco, mobilização mundial de homens pelo fim da violência contra as mulheres. No Brasil, a partir de 2007, foi instituído como o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres (Lei nº 11.489, de 20/06/2007).
10 de dezembro – data em que foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, pela Organização das Nações Unidas (ONU). Foi uma resposta à violência ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial. A data lembra que violência contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos.