FONTE: Hospital Santa Mônica
Dia Nacional do Combate ao Fumo: entenda os perigos do cigarro
O Dia Nacional do Combate ao Fumo é comemorado em 29 de agosto e foi criado para conscientizar a população sobre os riscos que o hábito provoca e para ajudar na luta contra o vício. Além dos danos à saúde, o cigarro também traz impactos sociais, políticos, econômicos e ambientais, o que torna essencial a participação de toda a sociedade nessa luta.
Exatamente por isso, a Lei 7.488 de 1988, responsável por instituir a data, determina que a semana que a antecede terá uma campanha de âmbito nacional promovida pelo Ministério da Saúde. Porém, é importante que sejam adotadas outras medidas para ajudar a alertar a população sobre os perigos do cigarro.
Diante disso e aproveitando a importância do Dia Nacional do Combate ao Fumo, preparamos este conteúdo para falar do uso de cigarro no Brasil, os riscos que ele apresenta e como é possível tratar a dependência. Acompanhe!
Panorama sobre o uso de cigarro no Brasil
A importância da campanha nacional está diretamente relacionada à saúde da população, tendo em vista os riscos que o vício proporciona. Estudos realizados pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) demonstram que 9,8% dos brasileiros tinham o hábito de fumar, com taxas menores entre adultos de até 24 anos, com 7,9% de fumantes, e idosos (maiores de 65 anos), com 7,8%.
Contudo, o problema não envolve apenas os cigarros comuns, pois existem outros dispositivos para o uso de substâncias como a nicotina. O cigarro eletrônico, por exemplo, funciona por bateria e o uso de líquidos (essências) e, segundo pesquisa realizada, já foi utilizado por 3% da população.
O narguilé é outro dispositivo usado por fumantes e que traz mais preocupações por atingir um público mais jovem, inclusive adolescentes, com estudos demonstrando que ele é responsável por mais de 66% da prevalência de consumo de tabaco.
Além disso, o tabaco é a principal causa de morte, doenças e empobrecimento no mundo. Tudo isso demonstra a importância do Dia Nacional do Combate ao Fumo e da luta contra o vício em todas as épocas do ano.
Em decorrência disso, também foi elaborada a Lei 9.294/1996 que trata da propaganda de cigarros e álcool, trazendo limitações importantes para a defesa da população, e a Lei Antifumo, que restringiu o uso de cigarro em recintos coletivos fechados.
Com a pandemia de COVID-19, estudos realizados demonstraram que houve o aumento do consumo de cigarros. De acordo com os resultados obtidos, 46% dos brasileiros sentiram mais vontade de fumar. Além disso, 37,5% consumiram entre 1 e 10 cigarros a mais por dia, enquanto 6,2% superaram esses valores.
Os principais perigos do cigarro para a saúde
O hábito de fumar oferece diversos riscos para a saúde do dependente, além de prejudicar as pessoas que ficam ao seu redor e respiram a fumaça do tabaco. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), os fumantes passivos podem desenvolver reações alérgicas em exposições de curto período ou passar por problemas mais graves que acometem quem fuma.
Câncer
O cigarro pode causar diversos tipos de câncer ao paciente. Para ilustrar o problema, a estimativa do INCA é que em 2020 o país tenha 30.200 novos casos de câncer no pulmão, sendo que o tabagismo é o principal fator de risco. Porém, a doença também acomete outros órgãos em decorrência do vício, veja só:
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boca;
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traqueia;
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faringe;
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laringe;
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esôfago;
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pâncreas;
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rins;
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fígado;
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bexiga;
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estômago;
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colo do útero.
Ataque cardíaco
Fumar também deixa o paciente mais propenso a desenvolver problemas do sistema circulatório e do coração. De acordo com estudos, as estimativas sobre o assunto demonstram que há um aumento de risco de doença cardíaca coronária e acidente vascular cerebral (AVC) de duas a quatro vezes. Isso também pode causar o aumento da pressão arterial e ataque cardíaco.
Diversas doenças
Existe uma lista extensa de problemas de saúde que podem se desenvolver ou ter o quadro agravado pelo uso contínuo do cigarro. A seguir, listamos os principais:
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diabetes tipo 2;
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infertilidade e impotência sexual;
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problemas de saúde bucal (inflamações na gengiva e estruturas dos dentes);
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pneumonia;
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catarata;
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úlcera do aparelho digestivo;
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osteoporose.
Dependência
Devido ao volume de substâncias encontradas no cigarro e aos diversos derivados do tabaco que são psicoativos, seu consumo produz a sensação de prazer. Por causa disso, muitos pacientes começam a abusar do uso e acabam desenvolvendo a dependência à nicotina.
Como em outras drogas, o organismo pode se acostumar aos níveis de substâncias inaladas, fazendo com que a sensação tenha menos efeito. Como consequência, o usuário fuma ainda mais cigarros e, cada vez mais, agrava o vício.
Morte
As doenças que podem surgir ou se agravar em decorrência do tabagismo podem causar a morte do paciente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o tabagismo é responsável por mais de 8 milhões de óbitos todos os anos. Entre eles, cerca de 7 milhões são fumantes ativos, que morrem por problemas decorrentes do uso excessivo da substância. Porém, o restante — cerca de 1,2 milhão de mortes — decorre da exposição ao fumo passivo.
O tratamento da dependência de nicotina
Existem tratamentos para ajudar o paciente a combater a dependência do cigarro. O reconhecimento da dependência e a decisão de lutar contra ela é um passo importante, mas também traz dificuldades. Por isso mesmo, é possível contar com suporte profissional para superar os desafios e se livrar do vício.
Os procedimentos indicados dependerão do quadro do paciente, o que exige uma análise médica detalhada para realizar o diagnóstico. A terapia aliada ao uso de medicamentos costuma ter resultados satisfatórios.
Em outros casos, a internação do paciente em um hospital especializado em tratamentos de dependência química pode ser uma opção mais adequada, já que oferece um suporte completo e em tempo integral ao paciente, além de dificultar o acesso às substâncias prejudiciais.
Dessa forma, é fundamental procurar auxílio médico para que ele avalie o caso e faça o acompanhamento correto, identificando quais são as medidas mais adequadas para que o paciente consiga superar o vício.
Agora que você já sabe mais sobre o Dia Nacional do Combate ao Fumo e os perigos do cigarro, ajude na luta contra o vício. Caso você ou alguma pessoa próxima sofra com o problema, procure ajuda médica. No Hospital Santa Mônica os pacientes e seus familiares contam com um atendimento humanizado e multidisciplinar para tratar a dependência.
Gostou de saber mais sobre essa data? Caso tenha dúvidas sobre os tratamentos para o tabagismo, entre em contato conosco e veja como podemos ajudar!