Não existem barreiras quando o amor é puro e verdadeiro

“Tudo começou em 1987, durante uma missa de sétimo dia do pai de uma amiga minha. Quando cheguei na igreja vi aquele moço bonito lá na frente, todo de preto, de barba (que era o padre). Ele nos cumprimentou e nesse momento eu me apaixonei. Falei com minhas amigas: ‘Esse homem vai ter que ser meu’, claro que todas riram de mim, seria um amor impossível. Mesmo assim, naquele momento eu tinha certeza de que ficaria com ele.

Eu queria estudar fora, mas para isso teria que arrumar um serviço melhor, foi ai que arrumei um trabalho na casa paroquial. Mas confesso: minha intenção já era pegar o padre bonitão. Nisso aconteceu que ficamos juntos, mesmo ele sendo padre, mantivemos um relacionamento escondido e proibido. Em 1990 resolvemos ter um filho, uma gravidez planejada, bem conversada, porém sofrida. Tive que me mudar de cidade para não ter boatos e comentários maldosos na cidade. Morei em Americana durante toda a gravidez com uma prima.

Mas a saudade da família e do Divino apertavam. Quis vir embora e me mudei para Varginha para ter nosso primeiro filho, o Ronald. Logo veio o nosso segundo: Ronison. Quando o caçula completou 6 anos ele decidiu deixar o sacerdócio, foi um momento de grande sofrimento, não tivemos nenhum apoio da igreja, mas era melhor decisão a ser tomada. Hoje temos dois filhos que são nossos orgulhos, somos muito felizes e uma família de muita fé.”

Do virtual para o real

“Nosso romance começou pelo Facebook. Tínhamos um amigo em comum na rede social. Nas fotos que apareciam em minha timeline o que mais me chamava atenção nas fotos era o homem que eu escolhi para passar o resto da minha vida, o Bruce. Resolvi entrar no perfil dele e stalkear, rs. Curti as fotos que eram minhas preferidas e que despertavam ainda mais interesse em conhecê-lo, e ele começou a retribuir minhas curtidas.

Até que me chamou para conversar pelo inbox, com uma abordagem bem tímida. Aliás, a timidez é um de seus maiores charmes. Começamos a nos falar com frequência, até que saiu nosso primeiro encontro. Foi maravilhoso, foi intenso e foi definitivo. Desde então não nos separamos mais. Após três meses de encontros e conversas diárias aconteceu o tão esperado pedido de namoro, no qual ele foi muito romântico, como de costume.

Me lembro como se fosse hoje, as palavras ditas por ele e aquela sensação gostosa de borboletas no estômago. Assim foi o início da nossa longa história de muita cumplicidade, lealdade, amizade e amor. Nossa relação é espelho para muitos de nossos amigos devido a convivência familiar que temos um na vida do outro, aceitação e consistência do namoro. A cada dia ao lado dele tenho mais certeza de que é ELE o homem que quero ter ao meu lado a vida toda!”

O amor está no ar

“Sou cadeirante, tenho 35 anos e moro em Elói Mendes. Em 2008 conheci uma garota muito especial , a Gleiciene, que também é cadeirante e mora em Sete Lagoas. Nos conhecemos em Belo Horizonte, onde fazemos nossos tratamentos e acompanhamentos, na Rede Sarah de hospitais de Reabilitação. Nós dois temos um defeito congênito: a mielomeningocele. Tudo começou quando estava internado e ele se internou na mesma ala que eu, o melhor de tudo: do meu lado.

Foram 15 dias dividindo o mesmo espaço. Ela quase não falava comigo, mas sempre insistia e finalmente consegui trocar algumas palavras com ela. A partir daí começamos uma amizade. Os dias foram passando e aquele sentimento de que logo iríamos nos separar começou a rondar meu pobre coração já encantado. Depois disso mantemos contato pelo celular. Um belo dia recebi uma ligação dela dizendo que viria me visitar em Elói Mendes. Pensa em uma pessoa feliz, quando a vi na minha cidade meus olhos brilhavam como nunca.

Foi lá que começou nossa história de amor. Hoje firmes e fortes, vencemos nossa luta. O que nos separa são 450km, nada fácil para ela vir, muito menos eu ir, mas nosso amor é mais forte que a distância. Vamos nos casar agora em Agosto, mesmo com nossas limitações, subiremos no altar como qualquer outro casal. Estamos ansiosos e felizes”.

Vanderlei Junior