Segundo a mãe, pequeno Logan é prova que é possível nascer saudável após quimioterapia. Fotógrafa que registrou o parto compartilhou as imagens

Fotografar um parto já é uma tarefa emocionante para o profissional, mas quando a mãe tem uma história de luta e superação, a emoção alcança outro nível. Foi assim para Bonnie Hussey, uma fotógrafa de parto dos Estados Unidos, ao clicar o momento que Maria Crider, uma mulher de 27 anos da Flórida, também nos Estados Unidos, deu à luz. Maria descobriu um câncer de mama no começo da gestação, passou pelo tratamento de quimioterapia e deu à luz um menino saudável.

Em entrevista ao “HuffPost”, a fotógrafa conta que todo ano escolhe duas ou três mulheres para presentear com um ensaio das fotos do parto de graça. Foi assim que conheceu a história de Maria Crider, grávida que lutava contra o câncer de mama . Na hora ela soube que essa mulher seria uma das escolhidas para o ensaio.

Câncer na gravidez

O jornal também conversou com Maria e ela conta que descobriu a doença quando estava na 11ª semana de gestação. Apesar de o câncer pedir um tratamento agressivo, é possível que mulheres grávidas sejam submetidas a isso. Maria fez o tratamento no segundo e no terceiro trimestre da gestação. Maria, que enfrentou o câncer de mama na gravidez, com o pequeno Logan nos braços

 

“Foi uma montanha-russa emocional”, fala a mãe, que passou por 16 sessões de quimioterapia, 25 sessões de radioterapia, mastectomia unilateral (cirurgia para retirada da mama), salpingectomia (cirurgia para retirada das trompas de Falópio) e teve de programar a cesárea para o nascimento do filho. “E ainda tenho um caminho a percorrer até conseguir deixar tudo isso para trás”, completa Maria.

Dia do nascimento

Logan nasceu no dia 13 de abril em um hospital da Flórida e o momento foi comovente para mãe e para a fotógrafa. Como o bebê nasceu com uma cesárea, a fotógrafa conta que teve tempo de organizar todo o equipamento para registrar o momento exato do nascimento. Ela ainda diz ter se impressionado com a atenção de toda a equipe médica com Maria e o pequeno Logan.

“Depois dos primeiros exames, deixaram que Maria segurasse o filho enquanto o médico completava a cesárea. E mesmo que Maria e as enfermeiras soubesse que as chances de ela conseguir amamentar era pequena porque tinha apenas um seio e ainda tinha passado por todo o tratamento e quimioterapia, as enfermeiras a encorajaram a fazer isso no pós-parto”, detalha Bonnie. Segundo fotógrafa, enfermeiras encorajaram Maria a dar de mamar para o pequeno Logan logo após o nascimento

“Foi ótimo. A melhor coisa foi vê-lo nascer e ver que ele era totalmente perfeito”, comenta a mãe.

Fotos nas redes sociais

Bonnie diz ainda que não costuma compartilhar as fotos de parto de suas clientes e não pretendia divulgar as imagens de Maria. “Quando Maria se tornou minha cliente, só queria protegê-la”, explica a profissional. Mas a nova mamãe, que fala ter chorado ao ver as fotos, deu permisão para a fotógrafa mostrasse as imagens na web. “Ela me disse: ‘Compartilhar vai trazer conhecimento, então pode compartilhar tudo o que você quiser'”, detalha Bonnie.

“Depois disso, sabia que precisava compartilhar a história e espero alcançar pelo menos uma mãe que esteja passando pela mesma experiência”, completa a fotógrafa.

O sentimento de Maria é o mesmo. “Espero que isso dê coragem a outras mães [com câncer de mama] para que elas conversem com seus médicos e tentem escolher o melhor caminho para ela e para o bebê. Quero assegurar que é possível passar por um tratamento desse enquanto está grávida. Logan é a prova, e ele é apenas um das centenas de bebês que nascem depois da quimioterapia”, afirma a mãe.

IG Delas