Será que seguir a risca as exigências do mundo da moda é fazer moda?

A moda é um sistema de renovação que traduz o desejo das pessoas. Não devemos encara-la apenas como um vai e vem de tendências que mudam a cada seis meses.

Seguir a moda é uma opção, mas isso nunca deve ser feito de maneira cega. Devemos saber escolher as tendências que se encaixam em nosso estilo pessoal.

O estilo é uma resposta imediata da nossa personalidade. É a consequência de quem nos somos, do que falamos, sentimentos, pensamos e a maneira que nos mostramos ao mundo. Quando deixamos que as tendências definam o nosso estilo, perdemos nossa individualidade.

A moda é democrática e não cabe aos profissionais de moda julgar a maneira que o outro escolhe o que define ou não o seu estilo pessoal.

Algumas pessoas encaram a moda como um enigma e esperam, por parte dos profissionais de moda, diretrizes de como segui-la. Cabe aos profissionais orientar, informar e direcionar, mas nunca ditar o que vestir. A moda deve ser um viés de inclusão!

E como conseguir se identificar com o que a revista propõe?

A resposta é o auto conhecimento. A partir do momento que entendemos como queremos nos sentir dentro da roupa, passamos a consumir o que tem mais a ver como a gente, com nossas expectativas e paramos de tentar atender as expectativas externas.

Por outro lado, as revistas também devem buscar uma forma de dialogar com todas as mulheres. Questionar o que elas realmente querem ler e o que querem vestir, ao invés de impor as regras.

Devemos falar mais sobre a mulher que veste a roupa, do que a roupa que veste a mulher.

 

Por Bruno Sales | Moda e Beleza